quinta-feira, 16 de julho de 2009

Acreditar nas pessoas ou não?

É difícil mas acho que começo a deixar de acreditar nas pessoas, decepção atrás de decepção, palavras mal interpretadas e situações mal resolvidas, problemas e problemas, nem sei como chego a ter esta conclusão talvez por estar cansado de ver tantos mal entendidos e acabei chegando a pensar assim, complicado e difícil seria mais válido ser amigo dos outros do que eles seus amigos? A confiança pode trazer grandes alegrias ou arrependimentos, o que você pensaria de um amigo que diz coisas que te fazem repensar se ainda podem se chamar de amigos? Acho que as piores palavras que podem machucar saem da boca de um pai e de uma mãe primeiro e depois dos amigos, entre pais e filhos acontece a questão de resolver e a questão do perdão entra em cena, mas com um amigo ao mesmo tempo em que é mais fácil de se resolver, também é difícil, estou sendo equivocado em deixar de acreditar nas pessoas? Se já é difícil acreditar no amor, na amizade que não devia ser assim, acaba sendo, é um erro? Estou me precipitando? É um dilema, acho que tirando deus os únicos seres na face dessa terra que não nos decepcionam são os animais, porque o carinho e amizade de um cão ou de outro animal é imensamente inacabável, só acaba quando ele morre e leva consigo as lembranças de uma vida feliz ao lado de seu dono.

Nostalgia, nem sempre vale a pena sentir.

Seres cheios de angústias é o que somos, ainda que mascaradas e disfarçadas, mas o que elas tem haver com as pessoas que nos cercam? Muita coisa. Cada lembrança é uma lembrança, algo que te marcou pra sempre, épocas felizes e infelizes mas e quando nada disso termina mesmo já tendo terminado a algum tempo? O seu ''mundo'' particular era único, você com seus ''amigos'', aqueles que podia talvez chamar disso. Pois é podia. Cada vez mais e mais pessoas se dão conta daquilo que as outras são, mas o grande problema é a nossa cabeça, tudo fica gravado dentro de nós pra sempre ou por algum tempo. Odeio gente falsa, detesto demonstrações mentirosas de carinho ou de alegria e não sei mas, acredito que deva haver sempre sinceridade. É nessas horas que entra a chamada Nostalgía. Nossa, como eu queria não sentir isso, nostalgia geralmente é ligada á pensamentos de saudade ou de rancor, talvez um pouco um do outro ou dos dois, o fato é que acaba acontecendo sempre. Depende muito da pessoa manter-se apenas nesses momentos ou tomar atitudes pra que acabem de vez ou se tornem momentos reais, mas certos, acho difícil quando alguém tenta mudar isso. Mudar no sentido de tentar consertar um erro pra que quando você pense na pessoa que machucou, é bem interessante isso porque nessas horas o que vale é a nossa atitude e a reação daquela pessoa. Por exemplo, se eu quero ficar bem com alguém, tento de todas as maneiras me reconcilar da melhor forma possível, entretanto você é você e eu sou eu. Não quer dizer que todo mundo faria isso, porque não faria e não faz, o velho conceito de ninguém é igual a ninguém é claro. Mas o que valeria nessas horas é o bom caráter, coisa que percebemos que alguém têm ou não só em pequenas atitudes. É muito cansativo lidar com falsidade, ou alguma coisa que te deixou mal, o que desperta lembraças nostálgicas de outros tempos, quantas vezes você não diz que não conhece mais seus amigos ou a pessoa que amou? Ou quantas vezes aquele erro do passado foi, e ainda é lembrado pela sua mente, a ponto de se alojar dentro dela pra sempre? O que pode fazer? Nada, porque aquilo te modificou e te marcou pra sempre. Acho que o conceito de amizade, amor, falsidade, atitude e caráter tornou-se completamente perdido e fora de controle. Cada dia mais todos se tornam mais e mais incertos naquilo que querem ou fazem, prejudicando a si mesmos e em parte a nós, que convivemos com eles ou ainda convivemos, mas com as suas lembranças. A sempre aquelas falhas, você ou o outro alguém jamais te esqueçe, finje não lembrar mas lembra, mas até que ponto tudo isso é válido pra você? Até mesmo o conceito de ser sincero morreu, hoje em dia isso não existe mais, ou até existe mas a maneira dessas pessoas. O que plantaram em nós? Porque nos fizeram ficar tristes por ela, sem que ao menos merecessem isso? Tantas coisas são justificadas, e a primeira delas que me vem a cabeça é a desconsideração total.Os que permanecem deixam um receio, algo que possa fazer com que eles nos deixem um dia, afinal nada é para sempre, mesmo os que encontram algo melhor na vida do que aquilo que era por estar do seu lado, esse momento deles também não é eterno, mas um dia quando cair na real, pode ou deve ser bem tarde. Pra eles, não pra você. Ultimamente tenho lidado com gente de todo tipo, pessoas cujas quais fora daqui mantenho uma amizade normal, não me meto na vida delas nem falo da minha, e elas não se metem na minha, mas querem que eu aconselhe, é estranho essa situação, te olham amigo delas mas você não sente o mesmo, apenas tem aquela consideração normal, sem maiores demonstrações. Já aqui dentro eu posso definir como ''tudo é novo'', há pessoas e pessoas, só que nenhuma delas você também mantém um nível de amizade forte, a maioria delas apenas quer conversar nas horas de vazio mas pra falar de bobagens mesmo. Seriedade anda sendo difícil, ainda mais quando a gente vê e ouve coisas do tipo, a distância faz com que você não valha nada, é assim mesmo bem dessa forma, claro que nem todo mundo é assim, nem todo mundo muda a ponto de causar estranheza ou que afete uma amizade, e nem todo mundo tem mau caráter. Como vêem, é relativo demais. É bem ruim não poder falar sério como eu queria falar, por isso acho que aqui como sempre digo, é o meu espaço, eu posso brigar com o mundo, mas vou sempre falar o que penso, ou que não gosto. Confesso que há coisas que não me deixam nada feliz, ás vezes é uma crítica infantil de outras pessoas na maneira como você faz uma determinada tarefa, ou neste caso o jeito que todo mundo se olha ou se considera neste plano virtual. Lixo, simplicidade, e nada com nada é a verdade, você ganha amigos de um dia, mas com prazo de validade, e até que ponto é considerável? Não sei a resposta, só que nunca é demais imaginar o que possa acontecer, o pior é quando te fazem parecer o grande vilão da história, típico, talvez um dia deus cobre das outras pessoas e não de mim ou de você, mas sim dos que realmente te prejudicaram e te fizeram até os dias de hoje manter as lembranças, as boas não estão em foco aqui, mas sim as que são péssimas, e podres, tão ruins quanto aqueles que te cercaram um dia, e que hoje te trazem como eu disse, algo de nostálgico, mesclado ao que faziam de bom e do que vieram a fazer de ruim. Nostalgia é isso, você se deprime, se angustia, se sente mal, apesar do lado bom que ela também pode proporcionar, o que importa é: Acontece e ponto final.

Porque deveria se importar?

Realmente você se importa com alguma coisa ou apenas consigo mesmo? As pessoas têm essa ligeira idéia de se sentirem preocupadas umas com as outras, mas será que estão mesmo? Parece bobagem questionar sobre isso, mas não vejo nada demais, mesmo porque algumas apenas fingem se importar com os problemas dos outros. Na verdade quando uma pessoa abandona a outra, seja no amor ou na amizade alegando motivos banais ou porque cometeu o pecado da traição, isso demonstra que nenhum dos lados se importou com o outro. Quando amamos dizemos muitas coisas, palavras bonitas ou palavras bonitas (ilusões, você diz mas não sente), e então é possível conseguir tudo, um tira do outro aquilo que mais deseja ou queria. Chega num ponto, as forças foram todas sugadas e supridas, e o fim se aproxima, o amor cai na mesmice, seja trocado pela amizade, ou como já citado, pela traição. Nesse momento onde está a importância? O mesmo acontece entre amigos, tentam ajudar num problema, ou quando são procurados pra servirem de ombro, não são suficiente capazes de dizer uma palavra de agrado, apenas observam aquele amigo cair num precipício, mas é claro que outros motivos existem, dezenas deles eu diria, amor e amizade são parecidos, mas os motivos que os levam a terminar ou a conviver são diferentes, o mesmo ocorre no desenvolvimento. Todos no final saem machucados, quer dizer, apenas um dos lados, o outro consegue dormir feliz, a consciência está tranquila, com a sensação de dever cumprido, e com o pensamento de que se importou até o final, e você jamais, ou seja, uma das duas partes jamais se importou com coisa alguma, apenas fingia. No amor esse tipo de atitude pode cegar, até mesmo ser imperceptível, faz-se muito e recebe-se pouco, convenhamos que acaba sendo uma troca de favores por conveniência, abandona-se amor por amigos, há pessoas que preferem a amizade ao invés daquele que ser que "dizem" amar, é verdade, parece até mentira mas isso acontece muito por ai. Do que essas pessoas podem ser chamadas? Me vêm a mente a palavra egoístas, porém podemos dizer o tema principal do texto: Não se importam com ninguém, a não ser com elas mesmas. Se abandonam outro alguém, ou até mesmo deixam de amar, é porque tudo aquilo que foi feito, e dito jamais valeu de nada, se um dos dois lados sai ferido é porque só importou pra um só, o outro não, mas se ambos saem, é porque realmente não era pra dar certo. Quando se trata de amigos é um vasto universo de atitudes, algumas delas bastante questionáveis, mas todos alegam sempre estarem certos, nesses casos é um pouco complicado dizer onde há ou não importância ou quem se importa com quem, todavia, perceber falsidades é quase que prevísível para algumas pessoas. O elemento surpresa sim é uma coisa difícil de lidar, uma adaga pode cravar o seu peito sem que você espere, acredito que com aqueles que escolhemos pra estar a nossa volta, nós aprendemos o suficiente pra lidarmos com o resto das pessoas que não estão. Importar-se com alguém parece uma coisa tão incomum, tão simples, e ao mesmo tempo tão difícil. Quem você amou se importou com você, talvez, e quem sabe durante aquele período, mas é doloroso perceber quando acaba, que pode não ter sido verdadeiro. A amizade é construída de atitudes, quando ela chega no declínio, é porque certamente aquilo jamais foi amizade, ou quando ambos vão mudando se afastando, com diversos motivos, os quais você pode aceitar ou não, mas sinceramente não sei o que é pior, perceber que seus amores jamais se importaram com você, ou seus amigos, e enxergar nitidamente que eles só se importam apenas sobre eles mesmos, ou com outras pessoas, acho que não têm coisa pior, porque te faz repensar todos os seus conceitos sobre amor e amizade. Pra mim não passam de pessoas infelizes, pois acham que tirando algo de você, e mudando isso pra um outro lugar, nesse caso outras pessoas, vão se sentir realizadas ou felizes, e geralmente durante o seu sofrimento silencioso, as mesmas estão muito bem e felizes, bom, nesse caso, será que estão mesmo? Algumas são atormentadas por um peso tão grande que vivem arrependidas, e quando tentam voltar atrás naquilo que erraram, já é muito tarde, outras sequer estão ligando, mas essas têm a pior surpresa, pois são pegas desprevenidas e não têm jeito, nessa hora, arrependimento é o que menos falta e não vale de nada. Todo mundo sofre ou já sofreu por algo, sempre existem frases do cotidiano, que acabam batendo com a nossa vida, se um dia estás por baixo, daqui a algum tempo você pode estar por cima, existe o conceito de ascensão e queda, o único problema é que ninguém deve se cegar pela felicidade, pois acabam se tornando iguala todas as pessoas que tanto criticaram, vejo isso acontecer com muita gente, é um pouco lamentável pois as idéias e atitudes são sugadas, isso vale principalmente pra quem segue certas leis, pessoas ou movimentos idiotas, tornando-as dependentes de uma coisa onde milhares de outras também dependem. Acho que no fim, todos se importam apenas consigo mesmos, você e seu vazio, tormento ou que for, não são nada pra elas. Aparentemente nem todo mundo é assim, mas encontrar gente honesta e sincera atualmente, é como se nunca tivessem existido. Infelizmente estamos cercados de falsas pessoas que aparentam ser verdadeiras, tentando fazer seus jogos ou simplesmente usar você pra passar o tempo. Como será esses seres, conseguem colocar a cabeça no travesseiro durante a noite e dormir tranquilos?

o amor, a loucura e os outros amigos.

Contam que um dia se reuniram num lugar da terra todos os sentimentos e qualidades humanas. Quando o Tédio se apresentou pela terceira vez, a Loucura, como sempre um pouco fora de propósito, disse: “Vamos jogar às escondidas?” O Interesse levantou o sobrolho e a Curiosidade sem poder conter-se perguntou: “Ás escondidas? De que se trata?” “É um jogo” explicou a Loucura “Eu tapo os olhos e conto até 1.000.000, enquanto vocês se escondem e, quando tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar fica no meu lugar para continuar o jogo.” O Entusiasmo pôs-se a dançar, acompanhado pela Euforia. A Alegria deu tantos saltos que acabou por convencer a Dúvida e até a Apatia, à qual o jogo não interessava nada. Mas nem todos quiseram participar. A Verdade preferiu não se esconder. E se no fim todos a descobrem? A Soberba pensou que era um jogo maçador (mas no fundo o que a aborrecia era não ter sido uma ideia sua) e a Cobardia preferiu não arriscar. “Um, dois, três…” começou a contar a loucura. A primeira a esconder-se foi a Preguiça que se deixou cair por trás da primeira pedra que encontrou no caminho. A Fé voou até ao céu e a Inveja escondeu-se na sombra do Triunfo que com a própria força conseguiu subir a árvore mais alta. A Generosidade quase não se conseguia esconder, pois cada lugar que encontrava lhe parecia perfeito para algum dos seus amigos. Que dizer de um lago cristalino? Ideal para a Beleza. O tronco de uma árvore? Perfeito para a Timidez. As asas de uma borboleta? O melhor para a Alegria. Um sopro de vento? Magnífico para a Liberdade. Assim a Generosidade acabou por se esconder num raio de sol. O Egoísmo, pelo contrário encontrou imediatamente um bom esconderijo, arejado, confortável e só para si. A Mentira escondeu-se no fundo do oceano (na verdade, escondeu-se dentro do arco íris). A Paixão e o Desejo no centro de um vulcão. O Esquecimento… não me lembro onde… Quando a Loucura chegou a 999.999 o Amor ainda não tinha encontrado um esconderijo pois estavam todos ocupados, por fim descobriu uma roseira e decidiu esconder-se no no meio das flores. “Um milhão!” disse a Loucura. Começou então a procurar. A primeira a aparecer foi a Preguiça, só a três passos de uma pedra. Depois a Fé, que estava a discutir com Deus sobre questões de teologia, e sentiu vibrar a Paixão e o Desejo no fundo do vulcão. Por acaso encontrou a Inveja e pode deduzir onde estava o Triunfo. O Egoísmo não conseguiu encontrá-lo. Tinha fugido do seu esconderijo porque reparou que tinha um ninho de vespas. Depois de tanto caminhar, a Loucura tinha sede e ao aproximar-se do lago descobriu a Beleza. Com a Dúvida foi ainda mais fácil, porque estava sentada numa cerca sem ter ainda decidido onde esconder-se. Foi descobrindo todos: o Talento na erva fresca, a Angústia numa gruta triste, a Mentira dentro do arco íris e por fim o Esquecimento que se tinha esquecido que estava escondido. Só o amor não aparecia em parte alguma. A loucura procurou por trás de cada árvore, por trás de cada pedra, em cima dos montes e quando estava a dar-se por vencida descobriu a roseira e começou a mexer nos ramos. Quando, de repente, se ouviu um grito de dor: os espinhos tinham ferido os olhos do Amor…! A Loucura não sabia mais o que fazer para se desculpar: chorou, rezou, implorou, pediu perdão e por fim prometeu-lhe que dai em diante ficaria sua guia. Até agora, desde a primeira vez que se jogou ás escondidas na terra, o Amor é cego e a Loucura acompanha-o sempre!

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